Investigação 

Um ano depois, inquérito de maus-tratos a animais ainda não foi concluído

Michelli Taborda

Um ano depois de serem encontrados cadáveres de 25 cães  em um sobrado que pertencia a uma protetora de animais,  a 3ª Delegacia de Polícia Civil (3ª DP) de Santa Maria ainda não concluiu o inquérito que investiga  caso.  Os animais mortos foram encontrados em setembro do ano passado. Os cadáveres dos cachorros foram localizados dentro de uma casa que fica na Avenida Medianeira, no Bairro Nossa Senhora de Fátima, durante um mandado de despejo.

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De acordo com o delegado André Diefenbach, responsável pelas investigações do caso, a polícia aguarda a quebra do sigilo bancário das contas de Elis Dal Forno Parode, que era locatária do sobrado e atuava como protetora animal, para dar seguimento às investigações.

– Nós já fizemos três ou quatro pedidos de quebra de sigilo bancário e ainda estamos aguardando algumas informações que vêm do banco para poder concluir o inquérito – explicou o delegado.

 SANTA MARIA, RS, BRASIL, 14/09/2016 - Mais de 20 corpos de cães foram encontrados mortos por abandono em uma casa de Santa Maria. (FOTO MAIARA BERSCH / AGÊNCIA RBS)
Foto: Maiara Bersch / Agencia RBS

Elis chegou a prestar depoimento na polícia, no ano passado, e afirmou que já havia deixado o imóvel há três meses. Na época, durante conversa com a reportagem do Diário, na pet shop onde trabalhava, ela se disse surpresa com o encontro dos cadáveres dos animais.

 – Eu estou até um pouco em choque com essa notícia. Estou sem ir lá há três meses. Só estive lá para pegar as minhas coisas e trazer para cá. Tem pessoas que me ajudavam lá. Alguns animais eu deixei em lar temporário. Nós estávamos com uma média de 25 cães mais ou menos, nessa base, que estavam sendo cuidados. Então eu acabei não tendo mais nenhum envolvimento, mais nenhuma preocupação com isso. As minhas coisas, pessoais, estão lá, inclusive – disse Elis, na ocasião. 

O CASO

Os cadáveres dos cães foram encontrados no dia 14 de setembro, depois que um oficial de Justiça e dois advogados de uma imobiliária foram até o sobrado alugado por Elis para cumprir uma ação de despejo. Ela morou no local nos últimos dois anos, mas nunca havia pagado aluguel.

Segundo levantamento de técnicos da UFSM, devido ao estado de decomposição dos cadáveres, alguns animais teriam morrido há pelo menos 10 meses.

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